2012/07/05

Maçonaria hoje


Qual o papel da Maçonaria nos dias de hoje?
Que importância tem a sua existência?
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Face à crescente desumanização da sociedade, resultado da má condução dos povos e das economias dos países que integram essa realidade inicialmente arrebatadora que baptizámos de Globalização, e que submeteu os valores do humanismo, da cultura e do espírito aos valores do mercado, sobretudo do mercado de capitais; e por outro lado devido à dinâmica vertiginosa da vida hodierna que subverte constantemente o ritmo natural do ser humano – efeito nocivo da sociedade industrial edificada no mundo ocidental -, verificando-se um notório retrocesso civilizacional que mina gravemente os valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, tão caros à Maçonaria, não tenho dúvida alguma acerca da necessidade, diria, até, do imperativo da existência da Maçonaria e do reforço da sua obra.
Assistimos, actualmente, a uma preocupante alienação dos indivíduos em relação a muitos assuntos que os deviam inquietar, mas sobre os quais, muitos, nem produzem um simples esforço de reflexão, muito menos de acção, cívica e/ou política. Eis porque, hoje, é tão importante dar continuidade e reforçar a actuação da Maçonaria.
Herdeira de uma tradição espiritual milenar, de uma estrutura multi-secular no seio da qual foram tecidas tantas conquistas do humanismo, esta Ordem universal, filosófica e progressista, tem o dever e a obrigação de salvaguardar, e projectar no futuro, os conhecimentos de que é portadora e os ideais que defende para a Humanidade.
O seu trabalho é, pois, uma batalha constante contra a alienação, a falsidade, a irresponsabilidade; contra um mundo neurótico que vive das experiências velozes, da aparência do ser, da vacuidade das ideias, da perenidade dos prazeres, e de toda a sorte de bens fúteis.
Contra tudo isso se justifica a luta pela Razão, pela Justiça, pela Verdade e pela Fraternidade; uma fraternidade que inclua todos os seres humanos.
Num mundo em que se ampliam as assimetrias sociais e económicas, se aprofundam os enormes fossos entre ricos e pobres, numa realidade iniludível que teima em acrescentar miséria a tantos milhões de seres humanos, "cavar masmorras aos vícios" continua a ser uma tarefa premente da Maçonaria.
Será preciso mais para justificar a sua existência?

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