«Quando um mestre espiritual e os seus discípulos começavam a meditação do anoitecer, o gato que vivia no mosteiro fazia tanto barulho que os distraía. Então o mestre ordenou que o gato fosse amordaçado durante a prática nocturna. Anos depois, quando o mestre morreu, o gato continuou a ser amarrado durante esse perído da meditação. E quando o gato eventualmente morreu, outro gato foi trazido para o mosteiro e, igualmente, amarrado durante a meditação.
Séculos depois, quando todos os factos do evento estavam esquecidos, perdidos no passado, intelectuais que estudavam os ensinamentos daquele mestre espiritual escreveram longos tratados escolásticos sobre a significância de se amordaçar um gato durante a prática da meditação.»
O Ritual não pode ser coisa estanque, impossivel de evoluir, mudar, transformar-se. Ele foi construído, codificado, adoptado de acordo e em sintonia com um tempo. Mas se o tempo muda, porque não pode mudar o Ritual?