Diz-se
moral aquilo que está em conformidade com a honestidade e a justiça, que tem
bons costumes; diz-se de tudo o que é decente, educativo e instrutivo. Moral é
também a disciplina da Filosofia que trata dos actos humanos assentes nos bons
costumes, e nos deveres do homem em sociedade e perante os seus iguais. Moral
é, ainda, o conjunto de normas ou preceitos adoptados para dirigir os actos
humanos de acordo com a justiça e a equidade natural.
A
moral surge nos alvores da civilização humana. E é importante esta percepção de
que a moral depende da civilização, ou é por ela reformulada nos moldes em que
a conhecemos, já que a sociedade primitiva não censurava o canibalismo, o
incesto, a pedofilia, os homicídios dos idosos e inválidos, e toda uma panóplia
de atrocidades que o progresso intelectual e a construção cultural vieram instituir
e regular.
Até
ao final do regime feudal, em que vigorou o sistema esclavagista, os estratos
sociais inferiores não passavam de objectos e como tal tratados no âmbito da transação
de propriedade. Chegado à Idade Contemporânea, balizada pela revolução
Francesa, o Homem liberta-se da opressão do feudalismo, cria a liberdade de
ação e de pensamento e surgem os ideais humanistas e uma nova moral, várias
morais até, e algumas delas individualistas pois é verdade que não existe uma
moral eterna e imutável; a moral é histórica, conjuntural e sempre determinada
pela classe dominante.
A
Maçonaria exige aos seus membros uma boa reputação moral, o exercício da tolerância
para com as diferentes manifestações de opinião, religião, política, ou
filosofia, desde que os seus objetivos prossigam a conquista da verdade e a
defesa dos valores morais, e propugnem pela paz e o bem-estar social. A moral
maçónica constitui o objeto principal da sua filosofia racionalista. Esta moral
está vertida nos símbolos e rituais que se têm mantido imutáveis ao longo da
existência da Maçonaria.
Sendo
a Maçonaria uma instituição comprometida com o Mundo - embora de cariz ético,
filosófico e iniciático -, instrui os seus membros para serem homens de bem,
com sólidos princípios morais e para trabalharem para o seu aperfeiçoamento em
benefício individual e colectivo. Os ensinamentos maçónicos direccionam os maçons
para a dedicação à felicidade dos seus semelhantes, não somente porque tal
obrigação é imposta pela razão e pela moral mas principalmente porque esse
sentimento de solidariedade os transforma em irmãos. Desta forma o maçom é útil
ao progresso moral da humanidade.
Por
tudo isto é importante desenvolver uma moral maçónica que controle as paixões,
ajude a reconhecer e corrigir os nossos defeitos e cultue a inteligência. Esse
é o nosso caminho moral.
H.
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